sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O bom perfume

O Natal deste ano foi maravilhoso. Pude viver o que eu chamo de clima perfeito para este evento do ano, o clima familiar. A noite que antecipou o anunciado do Natal pudemos, minha esposa e eu, desfrutar de um rico e maravilhoso momento com sua família. Foi um momento de agradável harmonia em destacar os grandes feitos deste ano e de, principalmente, estar gozando de saúde e de satisfação entre amigos e irmãos. Durante o próprio dia de Natal pegamos a estrada para visitar meu pai numa cidade do interior do RN, em São José do Mipibu. Completamos nossa felicidade em participar de mais um momento harmonioso entre família. Resolvemos fazer um churrasco improvisando uma churrasqueira. Juntamos alguns tijolos e, depois de muita luta, conseguimos fazer com o fogo pegasse. Havíamos levado um bom pedaço de carne de sol para ser a vítima daquele almoço. Quando a carne começou a assar pude sentir aquele cheiro maravilhoso de um churrasco feito em casa. Aquele aroma me fez voltar cerca de 25 anos atrás. Olhei para o meu e disse: o que esse cheiro lhe lembra? Ele sorriu para mim e disse: é verdade. Ele sabia que eu me referia ao tempo em que, nos finais de semana, íamos a um sítio que tínhamos no litoral sul de São Paulo. Enquanto ele trabalhava no sítio, meu irmão e eu nos aventurávamos nos cipós brincando de Tarzan. O nosso almoço era sempre um churrasco com uma churrasqueira improvisada. Queimávamos alguns pedaços de galho, que serviam como carvão, e ali assávamos um bom pedaço de carne. Como eram bons aqueles momentos.

Você já se pegou sendo transportado para um determinado tempo, ou se lembrando de alguém ou de algum lugar ao sentir certo tipo de fragrância? Dependendo de um aroma que você sinta, você pode se lembrar de algo alegre ou triste. Aquele aroma do churrasco nos fez lembrar boas memórias de um tempo que sentimos saudades.

O Velho Testamento, mais precisamente no livro de Levítico, nos apresenta os tipos de sacrifícios que deveriam ser apresentados no Tabernáculo do Senhor. Entre tais, havia os sacrifícios de culpa e o de ação de graças. Em ambos, ao apresentar o animal de acordo com a determinação de Deus, os animais eram queimados. Estes sacrifícios eram apresentados a Deus e simbolizavam o perfeito sacrifício de Jesus Cristo. Em Levítico 1:9, falando sobre a oferta queimada, o autor usa o termo “aroma agradável ao Senhor”. Imaginemos a grande satisfação de Deus em receber ofertas queimadas pela gratidão do ofertante para com Ele. Logicamente, Deus se alegrava na oferta queimada pela culpa, ou por um pecado cometido, pois um pecador se arrependera e demonstrava através daquele sacrifício um desejo de estar relacionado com Deus. Mas, ao fazer a relação entre os sacrifícios, qual a sensação que Deus teria a respeito dos aromas que subiam até Ele? Certamente, mesmo se alegrando por um pecador que se arrependera, o aroma da oferta queimada pelo pecado não cheirava bem. Enquanto que, o aroma da oferta queimada pela ação de graça, subia como agradável ao Senhor, pois alguém havia se regozijado em seguir os mandamentos de Deus, e certamente Deus se regozijava naquela pessoa.

Em 2 Coríntios 2:15 somos exortados por Paulo a exalar o bom perfume de Cristo. O apóstolo diz que somos para com Deus o bom perfume do Senhor Jesus. E de que modo somos tal perfume? De que maneira exalamos tal aroma? É o nosso modo de nos comportar que exala para outros o bom perfume de Cristo ou o aroma que desagrada a Deus. Comparando ao aroma do churrasco que me fez lembrar de um tempo bom da minha infância, o que levam as pessoas a pensar quando se lembram de você? Não importa se você já errou e apresentou seu sacrifício de arrependimento diante de Deus, certamente Ele te honrará. Mas, procure se esmerar de modo que através da sua vida outros possam checar à fragrância do conhecimento de Jesus.

Seja o aroma agradável ao Senhor uma constância em sua vida.

domingo, 16 de novembro de 2008

Nunca é tarde, não!

portaberta Havemos sempre de lembrar de alguém que avançou a porteira e seguiu adiante, sem pensar no que poderia acontecer tomando a sua parte dos bens e desejando ser livre. Quantos filhos pródigos conhecemos? Ou até mesmo, quantas vezes fomos filhos pródigos?

Todos nós, praticamente, conhecemos esta estória. Linda e emocionante estória. Alegro-me porque uma parábola de Jesus é uma verdade na vida de muitos. Alegro-me não pela ilustração, mas pelo fim desta estória contada em Luca 15:11-32.

Contou Jesus que "certo homem tinha dois filhos". O mais novo resolveu tomar a sua parte da herança e sair pelo mundo. Gastou seu dinheiro com mulheres, bebedeiras e terminou sem um centavo. Em terra distante mendigou trabalho e desejou até mesmo comer a lavagem de uns porcos que pastoreava. Arrependido de suas ações, resolveu voltar para a casa do pai e pedir perdão pela sua inconsequência. Ao vê-lo de longe, o pai saiu de encontro e se lançou sobre o seu pescoço e beijou-o. Mandou matar um bezerro para comemorar o retorno daquele filho. O outro filho, que havia permanecido com o pai, ficou indignado porque estando todo o tempo com o pai, nenhum animal havia sido oferecido para que pudesse fazer um churrasco com seus amigos. O pai lhe repreende dizendo que tudo o que ele tinha estava sempre à disposição dele também. Mas que era importante comemorar o retorno do seu irmão, porque, pela incerteza do que poderia ter acontecido, alguém que poderia estar morto se fazia presente e arrependido de seus atos.

O que me fascina ao ler a Bíblia é que temos total aplicação de seus ensinamentos às nossas vidas. Esta parábola, então, fala muito ao meu coração. Pois, além de conhecer alguns filhos pródigos e desejar que corram imediatamente aos braços do Pai, eu posso dizer que também já fui um fillho assim, como o da parábola de Jesus.

Quantas vezes não desejamos estar fazendo aquilo que nosso coração deseja? Quantas vezes estamos mais inclinados ao que as pessoas estão dizendo do que a voz de Deus sussurrando em nossos ouvidos? É prazeroso dar razão à carne, mas muito mais prazeroso é se deleitar à unção do Espírito Santo. O filho acima, tomando sua parte, foi a busca de uma felicidade ilusória e finita. O mesmo não havia percebido a felicidade eterna e incessante que havia em seu lar, independente das condições, se rico ou pobre, o amor de seu pai era infinitamente maior do que o mundo, além daquelas porteiras, poderia oferecer. Pois, o amor de seu pai era incodicional.

O mesmo podemos dizer de nós em relação a Deus. O Senhor não nos tem amarrados com uma corda no pé para nos impedir de irmos onde desejamos. Ele nos dá total liberdade para que estejamos aos pés da Cruz ou longe deste lugar. Contudo, a Sua vontade é que estejamos ali, mas se estivermos desejando estar ali.

É certo que algumas vezes, sejam por decisões radicais, ou mesmo por pequenos atos, nos tornamos filhos pródigos. Avançamos a porteira, avançamos o sinal vermelho do nosso relacionamento com Deus. Tantas e tantas vezes nos iludimos com a felicidade transitória e finita. Tenho experimentado que curtir as alegrias de Deus é beber o melhor vinho e comer o melhor pão. Tenho anseios como qualquer outra pessoa, mas tenho buscado viver não o meu melhor, e sim o melhor de Deus. Já bebi vinho ruim e comi pão mofado, e isto me causou tamanha indigestão. Desejei pão e vinho novo, e ao retornar para Casa encontrei novo pão e novo vinho e, ainda, as portas abertas. Braços abertos que se lançaram ao meu pescoço e beijos de amor. Deus me mostrou o seu amor incessante e incondicional através de pessoas íntimas e verdadeiras.

Como está o seu coração hoje? Indeciso sobre uma questão fundamental em sua vida? Algo que determina sua felicidade? Tenha a Bíblia como balança justa. Se o que você vive está honrando e glorificando a Deus, firme-se nisto. Mas, se os eventos da sua vida hoje estão te afastando cada vez mais de Deus, não deseje mais a comida dada aos porcos e volte para Casa, lance-se aos braços do Pai, pois as portas nunca fecham. Não pense que não existe mais volta, sempre existirá. Nunca é tarde, não!


"Era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado." (Lucas 15:32).


Nunca é tarde, não!
Sai da escuridão
Há novo dia, nova manhã
A mesma casa tem portas abertas
Pessoas certas, amigos e irmãos

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um tempo para cada tempo.

Não era necessário dizer mais nada além das palavras do sábio Salomão no primeiro verso do capítulo 3 do livro de Eclesiastes. Mas ele se faz detalhista e enumera diversas situações da vida em nosso cotidiano.

clip_image002Certamente você já ouviu o velho jargão, “não era o tempo certo”. Sinceramente, tenho que dizer que algumas vezes ouvir isto é irritante. Paremos para pensar. De fato irrita, pois em nosso pensar acreditamos que merecemos algo por demais deseja-lo. Seja um carro, um novo notebook, uma viagem, uma nova tv, uma nova casa, filhos, enfim, de pequenas a grandes coisas. Mas, de fato, como relaciona Salomão, “há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.

Tenho experimentado, principalmente este ano, aguardar o tempo certo para alguns eventos. Um deles acabou sendo uma grande conquista para minha carreira profissional. Hoje gerencio uma empresa onde, a cada dia, enfrento desafios significativos no lidar com liderança, tomada de decisões rápidas e que tragam lucro para a organização, bem como não deixando com que cada dia seja uma rotina para todos e, principalmente, que a motivação da equipe sempre esteja a favor do bom desenvolvimento. Em relação à minha carreira eu anseio alguns degraus acima, mas preciso ter a ciência de que haverá anos em que precisarei amadurecer para chegar ao nível desejado. Hoje é tempo de plantar as ações para que no tempo determinado por Deus eu possa colher os frutos, bons frutos.

Quanto à vida familiar, um dos grandes anseios é o desejo de ser pai. Olho cada pequenino que passa correndo, ou mesmo na tv, ou na rua, e fico imaginando como será o dia em que graciosamente teremos os nossos filhos nos braços. Em meio a esta ansiedade, tenho buscado viver cada dia no entendimento de que ainda não é o tempo certo para termos em nossos braços as nossas bênçãos, nossos filhos. Alguns momentos isto causa dor, em outros me conforta em saber que “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo” (Ec 3:11).

Do mesmo modo em que agimos de acordo com os preceitos de Deus para colhermos os bons frutos, se agirmos de modo diferente, colheremos maus frutos. Por isso é importante refletir constantemente na maneira como agimos em relação aos eventos que nos ocorrem. É preciso entender o tempo certo para cada resultado desejado. Às vezes podemos achar que a vida é injusta por coisas darem erradas, mas, também, neste momento é precisar refletir se tais coisas não refletem resultados de ações não pensadas.

As sábias palavras de Salomão nos fazem ler e entender que é preciso viver o tempo para cada coisa, baseando-se de que “nada há melhor para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada, e também que é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho”. Ou seja, embora não entendamos a totalidade do plano de Deus, nada há melhor do que decidir fazer o bem, desfrutando das dádivas de Deus na vida e tême-Lo.

A perspectiva tem que ser para o futuro, uma visão da eternidade de Deus. Não podemos descobrir as entrelinhas de coisas positivas nem negativas. Mas, quando descansamos em Deus e nEle buscamos conforto, saberemos que nossa confiança não é em vão. O fato de não sabermos alguns detalhes de certos eventos é explicado por Salomão nestas palavras, do verso 11, “...também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o fim”.

De eternidade a eternidade, Deus ordenou um ciclo contínuo para os acontecimentos da vida. “O que é já foi, e o que há de ser também já foi. Deus fará renovar-se o que se passou” (Ec 3:15).

domingo, 24 de agosto de 2008

Passar por cima

"Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã. Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir." (Êxodo 12:22-23).

É muito comum em ano de Copa do Mundo vermos as nossas ruas enfeitadas. São bandeirinhas verdes e amarelas, chãos pintados com a logo do campeonato e com a bandeira do Brasil, camisas da seleção estendidas pelas lojas e varais na ruas, caras pintadas, crianças empolgadas jogando bola na rua. Afinal é ritmo de Copa e como todo evento o Brasil é sempre o favorito. É uma euforia por todo o país, praticamente o Brasil pára. A Copa começa e a expectativa de sermos o campeão, mais uma vez, é enorme. Haja coração! Mas, nem sempre é assim. Como foi aquela Copa da França, lembra? Pois é, toda a euforia, os enfeites, ter grandes jogadores, nem mesmo ser o favorito do campeonato garantiu que a taça fosse nossa.

Fazendo a leitura do Livro de Êxodo, que trata a saída do povo judeu como escravos do Egito para o domínio da Canaã, podemos observar algo semelhante a introdução deste devocional. A diferença está no objetivo das histórias. Pois, os judeus há muitos anos viviam na expectativa de habitar numa terra prometida ao pai da nação, Abraão. Moisés era o líder nesse processo da saída do Egito para a Canaã. E, nesse trecho que extraí os versículos podemos ler as dez pragas lançadas sobre o povo egípcio, e especificamente nos versos 22 e 23 do capítulo doze, vemos Deus tratando da morte dos primogênitos. A ordem de Deus fora de que os judeus fizessem uma marca com o sangue do cordeiro que fora sacrificado para aquele evento. Aqui, nos deparamos com dois fatos de grande importância no texto: 1) a instituição da Páscoa; 2) o sangue do cordeiro.

Em primeiro lugar gostaria de retratar da Páscoa, que significa passar por cima. Vemos aqui a primeira celebração da festa que ainda hoje é comemorada anualmente pelos judeus, sendo a festa mais importante para o povo, e também pelos cristãos. Deve-se notar a diferença que existem entre tais religiões, uma vez que para os judeus a Páscoa é uma festa em celebração da libertação da escravidão do Egito, enquanto que para, nós, cristãos é a celebração da morte e ressurreição de Cristo, que é a nossa Páscoa (passagem). O animal sacrificado para esta festa judaica era um cordeiro ou cabrito, que segundo as orientações divinas deveria ser um animal sem defeito e macho de um ano. O cordeiro deveria sacrificado entre o pôr-do-sol e a noite, e consumido na noite determinada por Deus juntamente com pães asmos (sem fermento) e ervas amargas.

Em segundo, o sangue do cordeiro. Toda a casa que tivesse aquela marca, dali não morreria o primogênito. Nem dos filhos, nem dos animais. Deus havia determinado a noite em que os egípcios lamentariam a morte dos seus primogênitos. Toda o povo judeu fora avisado quanto a este evento, pois eles deveriam ter o cordeiro já sacrificado e marcadas as suas portas. Havia uma expectativa grande, pois aquela noite o Destruidor passaria por cima de todo o Egito, e a casa que não tivesse aquela marca seria lugar de lamentação. Os judeus fizeram como lhes ensinou Moisés e o Senhor os livrou. Os livrou da morte e da escravidão do Egito. Como relata o restante do livro do Êxodo, o povo judeu foi liberado por Faraó para irem adorar a Deus, todos os homens com suas família e animais. A garantia deles estava no sangue do cordeiro.

Semelhantemente hoje, nossa expectativa de habitar eternamente com Deus está diretamente ligada a este evento que ocorrera com os judeus, enquanto escravos no Egito. O que ocorrera ali fora uma ilustração do que aconteceu com Jesus na cruz. Junte os dois eventos e observe como Deus Pai relatou o sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário. A Páscoa comemorada por nós cristãos é "passar por cima" de nós o sangue do cordeiro. A morte de Cristo é exatamente a libertação da escravidão do pecado para a liberdade de vida em Deus. Esta é a simplicidade da mensagem chamada Evangelho, ou Boas Novas. Quando temos por nós a marca do sangue do Cordeiro, o Espírito Santo, temos o selo de garantia de que nossas vidas pertencem a Deus. Não é necessário somar nossos atos de bondade, porque o Cordeiro sacrificado entre o pôr-do-sol e a noite há mais de dois mil anos atrás, foi o Cordeiro perfeito. O sacrifício perfeito para pagar um altíssimo preço que jamais seríamos capazes de pagar.

Jesus, o Cristo, tomou nosso lugar. Ele morreu a nossa morte, gerado pelo pecado, para que vivessemos a Sua vida. Basta, agora, recenhecermos nossa parte como homens, dispondo nossas vidas ao senhorio dEle, servindo-O em gratidão e se declarando cristãos.

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9)

O sangue do Cordeiro é derramado por cima daquele que O confessa como Senhor e Salvador. Neste o Senhor vê a Sua marca e promove salvação.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

LSD: eu sou dependente

Não tenho vergonha em anunciar publicamente, mesmo sabendo dos riscos que corro dentro e fora da igreja, na minha família, entre meus amigos, no meu trabalho e perante a socidade que eu sou um dependente. LSD. Tudo começou em 1998, quando com 20 anos de idade eu buscava algo que me desse um prazer duradouro. Eu estava cansado de tentar, tentar e tentar. Não suportei algumas desilusões, até comigo mesmo. Entreguei-me totalmente em Louvar ao Senhor Deus, ou Louvado Seja Deus.

Há dez anos tenho dedicado a minha vida em obedecer aos mandamentos de Deus através da Bíblia. Dos últimos três para cá tenho me tornando mais íntimo a Deus, sempre buscando entender o real propósito de ser cristão, que em seu significado real, esta palavra cristão, significa "pequeno Cristo", assim nomeados os discípulos de Jesus (conforme Atos 11:16). Durante esta jornada ficou claramente entendível que ser cristão é muito diferente da teoria de algumas pessoas, que pensam que porque todo crente está sorrindo a vida é mais fácil. Engano, parece ser mais dura. Contudo, fica mais fácil lidar com as turbulências quando estava num voô seguro.

Ao princípio, ser cristão pareceria ser divertido. Era um estilo de vida diferente, as pessoas passavam a olhar diferente tentando entender o que um novo comportamento agregaria de especial. Mudança de comportamento para comigo mesmo, diria. E, para com a sociedade também. Bem, como o iniciar de um relacionamento com o Autor e Criador dos céus e da terra, podendo entender. Alguns pensam que ser cristão é para na vida pós-morte poder morar no Céu. Puro engano. Ser cristão, como dito pelo próprio Jesus em João 17:3, é para conhecer a Deus, resultando então na vida eterna. Portanto, ser cristão não é buscar favoritismo, mas ser discípulo de Jesus. Ser cristão não querer destaque na socidade, no meio político, nem querer ser melhor do que qualquer outra pessoa, mas servir as pessoas como Jesus serviu.

Não existe vida cristã só na igreja. O comportamento cristão deve ser único, constante e perseverante. Jesus não um tipo de pessoa em público e outro nos bastidores. Jesus era Cristo. Não havia tempo de dar exemplos e depois dizer "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Ao contrário ele disse "sejam minhas testemunhas". Em outras palavras Ele disse "faça o que eu digo, porque eu o faço". Se você não quer viver estas coisas, não diga ser cristão, ou melhor, discípulo de Cristo.

Para continuar a jornada é preciso ser dependente. Tem que estar disponível a todo tempo para LSD. Ser cristão sem dependência em Deus não é ser um cristão genuíno. Não basta parecer ter intimidade com Deus, tem que conhecê-Lo. Não somente saber o nome, mas onde verdadeiramente Ele está. Posso afirma e confirmar que tenho buscado ser dependente unicamente em Deus. Não fácil, pois às vezes que tenho solução para os meus problemas. Mas experimentar em Deus o dirigir do cotidiano é bem melhor.

Seja um cristão abençoado e abençoador.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Liberdade em Cristo

Minha esposa e eu somos, desde janeiro deste ano, membros da Igreja Refúgio da Graça, Natal/RN. Temos por certo que lá é o lugar que Deus nos reservou para sermos úteis em sua preciosa obra. Desde que conhecemos a comunidade, em julho de 2006, ficamos impactados com a notável presença de Deus naquele lugar. A maneira como o evangelho é tratado, bem como as pessoas são vistas. Independente da situação em que uma pessoa se encontra, ali, acreditamos que Deus a ama, sem limites.

Nas últimas duas semanas, e nas próximas quatro, temos sido desafios a jejuar. São quarenta dias. Durante este período, a cada dia, temos, também, o desafio de ler um capítulo do livro do Êxodo. Não somente ler, mas degustar da manifestação de Deus naquele registro. O jejum não é de comida, mas daquilo que tem tomado o lugar de Deus na vida de cada irmão. Tem sido um tempo bastante proveitoso, por demais. É tempo de cura em nossa igreja. Não desejamos a aparência de uma igreja doente, porque a noiva de Cristo é imaculada e saudável. E, ainda, entendido de que o pecado de um irmão é pecado da igreja toda, simplesmente porque somos corpo.

Tenho aprendido muito sobre a liberdade em Cristo através da leitura do livro do Êxodo. As "negociações" com Faraó tem sido para mim o comportamento do mundo que vivemos em meio a trocas de um relacionamento puro e santo com o Senhor. Seja na vida profissional ou pessoal, muitas vezes tentamos barganhar com Deus aquilo que nos interessa, não nos deixando viver uma vida dependente nEle. Por outro lado, também tenho visto quantas pessoas vivem escravizadas por patrões, maridos, esposas, filhos, pais, etc. Vivem aprisionados pelas promessas nunca cumpridas. A vida em Cristo nos dá liberdade. Primeiramente dói pecado, depois de situações que nos impeçam de ter uma vida de integridade com Deus.

O lema deste jejum tem sido tirar o Egito dentro de nós. Embora os judeus tenham sido libertos do Egito, ainda no deserto os judeus tinham dentro deles um Egito maldito que os impedia de ter uma vida íntegra com Deus. O mesmo acontece conosco, tendo ainda dentro de nós coisas que nos impedem de viver a liberdade em Cristo de modo tão pleno. Meu jejum tem sido de mim mesmo no sentido de me satisfazer completamente na obra restauradora de Cristo na Cruz do Calvário.

A cura vem quando vamos ao encontro dela através do Espírito Santo, por meio da fé.


 

terça-feira, 8 de julho de 2008

Eu vou seguir

Gosto muito de um hino entitulado "Mais perto quero estar". Certa vez ouvi, na voz experiente de um velho pastor, que é preciso ter a conciência da verdadeira expressão que este hino tem, pois a medida que desejamos estar mais próximos de Deus, consequentemente, passamos a viver lutas mais intensas. Pois, sabemos que o interesse de Satanás é fazer com que o homem esteja longe de Deus. Então, quanto mais perto desejamos estar, mais lutas existirão para fazer com que estejamos distantes Dele. Mas, se olharmos para as dificuldades não estaremos mirando o Senhor dos senhores, e sim para as circunstâncias. Nosso olhar, como de um empreendedor, deve estar focado em Deus, no futuro, no pleno gozo de viver a eternidade junto de Deus.

É importante entender que a caminhada em Deus exige de nós o passar por provas. Algumas leves, outras pesadas. Novamente digo que nossos olhares devem estar fitos não nas circunstâncias, mas com um coração repleto de fé, esperançoso nas boas novas de Deus. Quando alguém se aproxima de mim triste, deixando demonstrar o desgaste de um problema, eu sempre gosto de animar dizendo que as batalhas existentes para que se haja vencedores. Jesus só foi o Cristo porque houve a Cruz do Calvário. Sem a cruz não havria o Cristo. Como discípulos de Jesus precisamos entender que temos que carregar diariamente nossas cruzes. E, vale salientar, que carregar a cruz não é estar doente, viver cheio de problemas, mas o testemunhar uma vida de integridade com Deus e de esperança na Sua Palavra, viva e eficaz.

Quero compartilhar uma novidade. Ontém compartilhei algo sobre minha saúde, agora quero compartilhar sobre a saúde da minha esposa. Lembra que perdemos nosso filho? (Quando pisarei na minha Canaã?, http://msgdedeus.blogspot.com/2008/04/quando-pisarei-na-minha-cana.html). Hoje, ao receber o resultado de alguns exames solicitados pela endocrinologista, ela obteve a notícia de que a provável razão do aborto fora uma forte tendência para diabetes. É para ficar abalado, não? De modo algum. A questão é manter o foco não na circusntância, mas no Deus que temos e que está acima de todas as coisas. A Paz que está em nossos corações vem não do entendimento dos cuidados que devemos ter, nem mesmo na confiança que temos nos médicos que o Senhor tem nos dado, mas na Paz que vem de Deus, cuja excede qualquer entendimento. Não há motivos para tristezas, mas razões para louvar e engrandecer ao Senhor Jesus, autor e consumador da nossa fé.

O olhar em Jesus tem nos dados firmeza para prosseguir e passar pelas provas que surgem a nossa frente. Temos crescido como filhos de Deus, como irmãos em Cristo e como família.  O que nos resta é continuar seguindo e louvando, pois temos recebido a Paz que nos consola.

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14:27

Não deixe de ouvir a canção abaixo. Ela completa o nosso sentimento em relação ao artigo acima.