O Natal deste ano foi maravilhoso. Pude viver o que eu chamo de clima perfeito para este evento do ano, o clima familiar. A noite que antecipou o anunciado do Natal pudemos, minha esposa e eu, desfrutar de um rico e maravilhoso momento com sua família. Foi um momento de agradável harmonia em destacar os grandes feitos deste ano e de, principalmente, estar gozando de saúde e de satisfação entre amigos e irmãos. Durante o próprio dia de Natal pegamos a estrada para visitar meu pai numa cidade do interior do RN, em São José do Mipibu. Completamos nossa felicidade em participar de mais um momento harmonioso entre família. Resolvemos fazer um churrasco improvisando uma churrasqueira. Juntamos alguns tijolos e, depois de muita luta, conseguimos fazer com o fogo pegasse. Havíamos levado um bom pedaço de carne de sol para ser a vítima daquele almoço. Quando a carne começou a assar pude sentir aquele cheiro maravilhoso de um churrasco feito em casa. Aquele aroma me fez voltar cerca de 25 anos atrás. Olhei para o meu e disse: o que esse cheiro lhe lembra? Ele sorriu para mim e disse: é verdade. Ele sabia que eu me referia ao tempo em que, nos finais de semana, íamos a um sítio que tínhamos no litoral sul de São Paulo. Enquanto ele trabalhava no sítio, meu irmão e eu nos aventurávamos nos cipós brincando de Tarzan. O nosso almoço era sempre um churrasco com uma churrasqueira improvisada. Queimávamos alguns pedaços de galho, que serviam como carvão, e ali assávamos um bom pedaço de carne. Como eram bons aqueles momentos.
Você já se pegou sendo transportado para um determinado tempo, ou se lembrando de alguém ou de algum lugar ao sentir certo tipo de fragrância? Dependendo de um aroma que você sinta, você pode se lembrar de algo alegre ou triste. Aquele aroma do churrasco nos fez lembrar boas memórias de um tempo que sentimos saudades.
O Velho Testamento, mais precisamente no livro de Levítico, nos apresenta os tipos de sacrifícios que deveriam ser apresentados no Tabernáculo do Senhor. Entre tais, havia os sacrifícios de culpa e o de ação de graças. Em ambos, ao apresentar o animal de acordo com a determinação de Deus, os animais eram queimados. Estes sacrifícios eram apresentados a Deus e simbolizavam o perfeito sacrifício de Jesus Cristo. Em Levítico 1:9, falando sobre a oferta queimada, o autor usa o termo “aroma agradável ao Senhor”. Imaginemos a grande satisfação de Deus em receber ofertas queimadas pela gratidão do ofertante para com Ele. Logicamente, Deus se alegrava na oferta queimada pela culpa, ou por um pecado cometido, pois um pecador se arrependera e demonstrava através daquele sacrifício um desejo de estar relacionado com Deus. Mas, ao fazer a relação entre os sacrifícios, qual a sensação que Deus teria a respeito dos aromas que subiam até Ele? Certamente, mesmo se alegrando por um pecador que se arrependera, o aroma da oferta queimada pelo pecado não cheirava bem. Enquanto que, o aroma da oferta queimada pela ação de graça, subia como agradável ao Senhor, pois alguém havia se regozijado em seguir os mandamentos de Deus, e certamente Deus se regozijava naquela pessoa.
Em 2 Coríntios 2:15 somos exortados por Paulo a exalar o bom perfume de Cristo. O apóstolo diz que somos para com Deus o bom perfume do Senhor Jesus. E de que modo somos tal perfume? De que maneira exalamos tal aroma? É o nosso modo de nos comportar que exala para outros o bom perfume de Cristo ou o aroma que desagrada a Deus. Comparando ao aroma do churrasco que me fez lembrar de um tempo bom da minha infância, o que levam as pessoas a pensar quando se lembram de você? Não importa se você já errou e apresentou seu sacrifício de arrependimento diante de Deus, certamente Ele te honrará. Mas, procure se esmerar de modo que através da sua vida outros possam checar à fragrância do conhecimento de Jesus.
Seja o aroma agradável ao Senhor uma constância em sua vida.
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