sexta-feira, 25 de julho de 2008

Liberdade em Cristo

Minha esposa e eu somos, desde janeiro deste ano, membros da Igreja Refúgio da Graça, Natal/RN. Temos por certo que lá é o lugar que Deus nos reservou para sermos úteis em sua preciosa obra. Desde que conhecemos a comunidade, em julho de 2006, ficamos impactados com a notável presença de Deus naquele lugar. A maneira como o evangelho é tratado, bem como as pessoas são vistas. Independente da situação em que uma pessoa se encontra, ali, acreditamos que Deus a ama, sem limites.

Nas últimas duas semanas, e nas próximas quatro, temos sido desafios a jejuar. São quarenta dias. Durante este período, a cada dia, temos, também, o desafio de ler um capítulo do livro do Êxodo. Não somente ler, mas degustar da manifestação de Deus naquele registro. O jejum não é de comida, mas daquilo que tem tomado o lugar de Deus na vida de cada irmão. Tem sido um tempo bastante proveitoso, por demais. É tempo de cura em nossa igreja. Não desejamos a aparência de uma igreja doente, porque a noiva de Cristo é imaculada e saudável. E, ainda, entendido de que o pecado de um irmão é pecado da igreja toda, simplesmente porque somos corpo.

Tenho aprendido muito sobre a liberdade em Cristo através da leitura do livro do Êxodo. As "negociações" com Faraó tem sido para mim o comportamento do mundo que vivemos em meio a trocas de um relacionamento puro e santo com o Senhor. Seja na vida profissional ou pessoal, muitas vezes tentamos barganhar com Deus aquilo que nos interessa, não nos deixando viver uma vida dependente nEle. Por outro lado, também tenho visto quantas pessoas vivem escravizadas por patrões, maridos, esposas, filhos, pais, etc. Vivem aprisionados pelas promessas nunca cumpridas. A vida em Cristo nos dá liberdade. Primeiramente dói pecado, depois de situações que nos impeçam de ter uma vida de integridade com Deus.

O lema deste jejum tem sido tirar o Egito dentro de nós. Embora os judeus tenham sido libertos do Egito, ainda no deserto os judeus tinham dentro deles um Egito maldito que os impedia de ter uma vida íntegra com Deus. O mesmo acontece conosco, tendo ainda dentro de nós coisas que nos impedem de viver a liberdade em Cristo de modo tão pleno. Meu jejum tem sido de mim mesmo no sentido de me satisfazer completamente na obra restauradora de Cristo na Cruz do Calvário.

A cura vem quando vamos ao encontro dela através do Espírito Santo, por meio da fé.


 

terça-feira, 8 de julho de 2008

Eu vou seguir

Gosto muito de um hino entitulado "Mais perto quero estar". Certa vez ouvi, na voz experiente de um velho pastor, que é preciso ter a conciência da verdadeira expressão que este hino tem, pois a medida que desejamos estar mais próximos de Deus, consequentemente, passamos a viver lutas mais intensas. Pois, sabemos que o interesse de Satanás é fazer com que o homem esteja longe de Deus. Então, quanto mais perto desejamos estar, mais lutas existirão para fazer com que estejamos distantes Dele. Mas, se olharmos para as dificuldades não estaremos mirando o Senhor dos senhores, e sim para as circunstâncias. Nosso olhar, como de um empreendedor, deve estar focado em Deus, no futuro, no pleno gozo de viver a eternidade junto de Deus.

É importante entender que a caminhada em Deus exige de nós o passar por provas. Algumas leves, outras pesadas. Novamente digo que nossos olhares devem estar fitos não nas circunstâncias, mas com um coração repleto de fé, esperançoso nas boas novas de Deus. Quando alguém se aproxima de mim triste, deixando demonstrar o desgaste de um problema, eu sempre gosto de animar dizendo que as batalhas existentes para que se haja vencedores. Jesus só foi o Cristo porque houve a Cruz do Calvário. Sem a cruz não havria o Cristo. Como discípulos de Jesus precisamos entender que temos que carregar diariamente nossas cruzes. E, vale salientar, que carregar a cruz não é estar doente, viver cheio de problemas, mas o testemunhar uma vida de integridade com Deus e de esperança na Sua Palavra, viva e eficaz.

Quero compartilhar uma novidade. Ontém compartilhei algo sobre minha saúde, agora quero compartilhar sobre a saúde da minha esposa. Lembra que perdemos nosso filho? (Quando pisarei na minha Canaã?, http://msgdedeus.blogspot.com/2008/04/quando-pisarei-na-minha-cana.html). Hoje, ao receber o resultado de alguns exames solicitados pela endocrinologista, ela obteve a notícia de que a provável razão do aborto fora uma forte tendência para diabetes. É para ficar abalado, não? De modo algum. A questão é manter o foco não na circusntância, mas no Deus que temos e que está acima de todas as coisas. A Paz que está em nossos corações vem não do entendimento dos cuidados que devemos ter, nem mesmo na confiança que temos nos médicos que o Senhor tem nos dado, mas na Paz que vem de Deus, cuja excede qualquer entendimento. Não há motivos para tristezas, mas razões para louvar e engrandecer ao Senhor Jesus, autor e consumador da nossa fé.

O olhar em Jesus tem nos dados firmeza para prosseguir e passar pelas provas que surgem a nossa frente. Temos crescido como filhos de Deus, como irmãos em Cristo e como família.  O que nos resta é continuar seguindo e louvando, pois temos recebido a Paz que nos consola.

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14:27

Não deixe de ouvir a canção abaixo. Ela completa o nosso sentimento em relação ao artigo acima.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Eu só posso imaginar

"E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles
e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir." Atos (1:10, 11)

Na maioria das vezes, ao ler este trecho, gosto de fechar meus olhos e me transportar para aquele tempo. Tento imaginar como deve ter sido a experiência de ver Jesus, em sua glória, subindo  ao céu. Talvez corações que viam o Mestre partindo, sem saber quando voltaria. A promessa da Sua volta talvez fosse o conforte para que os discípulos se aquietassem. Na verdade, é tudo suposição minha, pois eu só posso imaginar.

Voltando para os dias que vivo, com as tarefas diárias, muitas vezes me esqueço de parar e fitar meus olhos para os céus para proclamar a grandeza do Senhor Jesus e desejar este tão esperado dia chegar. É a correria profissional, são os compromissos particulares, são os eventos sociais, entre outras ocupações que muitas vezes me roubam o momento esplêndido de ter meus olhos fitos ao céu e pelo menos imaginar a tão desejada volta do meu Mestre.

Estas duas últimas semanas tenho, forçosamente, descansado nos finais de semana. Minha saúde requereu um pouco da minha atenção e tive que me desligar do mundo, do computador, do telefone. Foi um tempo de meditação, de ponderação, de rever algumas coisas que precisam ser feitas com mais dedicação e mais carinho. Principalmente as coisas do lar. Ao mesmo tempo que estive deitado em minha cama ou, como gosto, jogado no sofá, pude pensar e repensar o que Deus tem tentado me ensinar em momentos como este. Na última sexta-feira dei um susto a todos, inclusive a mim mesmo. Eu acabara de chegar do trabalho e jantava, enquanto conversava com minha esposa. De repente uma forte dor no peito me impediu de continuar a jantar, e comecei a ter dificuldades em respirar e falar. Deite-me na cama por alguns momentos. Minutos depois nada mudou, e tive que sair às pressas para o hospital. Depois de consultado, hipoteses de que seria o coração foram descartadas. Glória a Deus! Enquanto estava no soro, via minha esposa ao meu lado dispondo do seu amor e suporte. Meus pensamentos rodavam a mil. Pensava no que poderia ser, pensava na família, no meu velho pai, nos amigos e pensava de como seria estar do outro lado. Eu só imaginava, pois sabia que ainda não havia chegado minha hora. Mas aproveitei o momento para rever algumas coisas. Como foi bom. Até o momento não sei o que foi aquela dor. Mas, a verdade é que não corro risco de vida. Nem coração, nem pulmão.

Eu gosto de experiências que me façam imaginar como será esse momento tão glorioso, quando me depararei frente a frente com o Senhor Jesus. Não posso saber exatamente o que farei, penso que, ao menos, o adorarei. Talvez eu chore, talvez cante, talvez dance. Não sei. Eu só posso imaginar. Não sei se ainda estarei por aqui para fitar meus olhos e vê-Lo nas nuvens e ir-me de encontro, ou se poderei de uma outra perspectiva verei toda a igreja se reunindo para a grande festa no céu. A única coisa certa e que estarei na eternidade com Ele, e ali poderei aproveitar cada momento em Sua presença.

Neste tão glorioso dia poderei rever amigos e ter surpresas em encontrar pessoas que talvez eu jamais pensaria encontrar. Eu só posso imaginar. Enquanto aqui, não quero somente imaginar, mas me satisfazer na vontade do Pai revelada por meio da Sua Palavra. Tenho recebido muito mais do que mereço, graças a Sua infinita e maravilhosa graça.